quarta-feira, dezembro 13, 2006

 

Televisão

Hoje fui surpreendido por uma frase arrasadora, num dos telejornais:

“… um atentado particularmente violento.”

Bem o que faz de um atentado, um atentado particularmente violento?
Se houver 3 mortos e 10 feridos então é só mais um atentado, se existem 5 mortos, 150 feridos então já é bastante violento, se houve 10 mortos, 3000 feridos se calhar já é “particularmente” violento? Continuando nessa prisma… o ataque ás torres gémeas foi pessoal, privado, confidencial, exclusivo, único, distintivo, secreto, íntimo?? (tudo sinónimos de particular), Auswitz foi extraordinário, peculiar, próprio, específico??(sinónimos outra vez).
Terminada esta notícia veio outra pérola:

“Este ano os portugueses vão ter menos 2 dias de descanso que o ano passado…”

Fiquei pasmado. As alminhas fizeram as contas aos feriados que calham ao domingo, observaram os dias santos, lançaram os búzios e descobriram que todos nós vamos fazer 5 pontes (e eu que pensava que para a 3ª sobre o Tejo já não havia guito), e, com as férias são menos dois dias de papo para o ar que no ano que agora vai terminar. Não foram lá “particularmente felizes”nas notícias.
Terminadas as notícias descobrimos que alguns doentes do hospital de S. José se recusaram a tomar os remédios, a administração não esteve com contemplações e mandou o para lá o Goucha, todos eles teriam preferido clisteres até agua limpa.
No final do dia veio a redenção… No canal 1 O Portugal de Miguel Esteves Cardoso. Brilhante como sempre, lúcido e com um humor muito…”Particular” (agora penso que está bem aplicado o adjectivo, Ups! Não sei se com a nova gramática já mudou de nome). Terminou a entrevista com um poema que resume, 2º ele, a maneira de pensar das mulheres em relação aos homens, no casamento:
You go your way
I go your way too.

Eu penso que, simplesmente, resume a vida de casal.

Comments:
é pena a mentalidade do nosso país se reger pelas contas ao calendário, cá pá malta do nosso sector é pena termos aprendido a viver sem pontes, sem feriados nem dias santos...cada um tem akilo k merece, eheheheheh...
bejos e abraços.
 
Afinal o que faz um calendário de um ano não é nada mais do que os dias que não trabalhamos, isso só demonstra a falta de empenho, estima e acima de tudo vontade de trabalhar naquilo que escolhemos ser um dos vectores da nossa estimulação pessoal. Eu penso, mais dois dias do meu lindo trabalho que vou ter. Abraço
 
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